Assinatura de termo de cooperação técnica com ONG ampliará programa de Equoterapia 23/10/2020 - 08:45

Marcia Santos

Jornalista Responsável

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná, a Polícia Militar e a Associação Terapêutica e Paradesportiva Equocavalaria (ATPE) celebraram um Termo de Cooperação Técnica na tarde desta quinta-feira (22/10), na sede do Regimento de Polícia Montada (RPMon), em Curitiba. Com a parceria, será possível ampliar as ações e serviços ofertados pelo Centro de Equoterapia, assim como o desenvolvimento técnico e científico em prol do melhor atendimento aos pacientes, com estímulo para esportes paraequestres.

O acordo tem por finalidade apoiar as atividades desenvolvidas pela Polícia Militar do Paraná, por meio do RPMon, com foco no atendimento e ampliação aos beneficiados, de forma gratuita, promovendo ainda a ampliação e a treinamento dos profissionais envolvidos, inclusive com a realização de cursos, congressos, simpósios e palestras, além da inclusão dos praticantes nos esportes paraequestres. Fica por responsabilidade do Regimento disponibilizar as instalações, os animais necessários para as atividades, além de coordenar todas as atividades do Centro de Equoterapia, incluindo os cursos de capacitação de profissionais em equoterapia, entre outras.

“Esse programa vai conseguir atender muitas outras crianças com necessidades especiais, então para a Secretaria essa iniciativa é prioritária, pois sabemos que é um projeto muito interessante, mas que tem um custo, tem que cuidar, alimentar o cavalo, então a gente vê com muitos bons olhos essa iniciativa”, disse o secretário da Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares.

Segundo o Comandante do Regimento de Polícia Montada, major Marcio Stange da Cruz, em contrapartida ao trabalho desempenhado pelos militares estaduais, a ONG dará suporte ao trabalho com equipamentos, materiais específicos para a atividade de Equoterapia, e apoio nos deslocamentos. “Atualmente atendemos 160 pessoas semanalmente, apenas em Curitiba, então os recursos que virão para cá não serão somente para o Regimento de Polícia Montada, mas para nossos outros Núcleos de Equoterapia em Pinhais e nosso outro grupo no 1º Batalhão de Ponta Grossa, chegando ao número de 250 pessoas atendidas semanalmente”, disse o Major Marcio Stange da Cruz, Comandante do RPMon.

“Nosso Centro de Equoterapia possui cerca de 30 anos de atuação e já conseguimos enviar representantes para paradestramento e paraeduro no Chile e em Portugal, e a ONG vêm para dar suporte aos nossos praticantes, haja vista que a maioria tem uma situação financeira precária”, complementou o major.  

O Comandante do 1º Comando Regional da PM (1º CRPM), coronel Hudson Leôncio Teixeira, ao qual o RPMon é subordinado, acredita que todos os envolvidos na Equoterapia saem ganhando com essa parceria. “Esse evento é simbólico para o Regimento, que já vem fazendo esse trabalho há bastante tempo, de uma forma democrática, atendendo as pessoas que não tem muito acesso a esse tipo de tratamento. A Equoterapia se mostra muito eficiente no tratamento dessas crianças e também no convívio das famílias e das crianças com a Polícia Militar”, ressaltou.

Segundo a presidente da ATPE, Maria Joventina Araújo Barreto Somera, há dois anos é esperado a assinatura deste convênio. “Estamos muito contentes, pois a partir de agora poderemos trabalhar os recursos e fazer com que a nossa associação cresça cada dia mais e que possamos atender muitas outras crianças, diminuindo assim a fila de espera, que hoje gira em torno de 400”, destacou.

CENTRO DE EQUOTERAPIA DO RPMON – O atendimento é ofertado gratuitamente desde 1991 e já beneficiou cerca de 5 mil pessoas. A terapia é indicada para pacientes com deficiência e diversas síndromes, que possam ter contato com equinos. O tratamento tem duração de dois anos. Além da comunidade em geral, a equoterapia é oferecida para policiais militares e bombeiros da ativa e da reserva que estejam afastados do serviço por problemas psicológicos.

A equoterapia apresenta benefícios em casos de autismo, paralisia cerebral, síndrome de down, esclerose múltipla, hiperatividade, traumas, estresse e depressão.

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