BOPE ministra curso de Primeira Intervenção em Crises para agentes do DEPEN em Curitiba 27/02/2021 - 16:17

Marcia Santos
Jornalista Responsável

 

O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) ministrou o primeiro curso de Primeira Intervenção em Crises a 16 agentes do Departamento Penitenciário do Paraná (DEPEN) do Paraná. O curso durou cinco dias e foi finalizado com três oficinas nesta sexta-feira (26/02) no complexo II da Penitenciária Estadual do Paraná (PEP II) em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O objetivo do treinamento foi ampliar a capacidade de resposta dos agentes penitenciários diante de situações graves, como rebeliões.

De acordo com Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira, houve uma solicitação por parte do DEPEN de que a PM ministrasse esse curso aos agentes penitenciários. "Acreditamos na importância do repasse de conhecimento aos agentes, o aprimoramento das técnicas e das doutrinas em primeira intervenção em crise, pois facilita o serviço do Departamento Penitenciário e da Polícia Militar, pois são os que têm o primeiro contato em situações de rebelião”, disse.

“Esse é o primeiro do ano que estamos fazendo em parceria, pretendemos fazer outros dentro dessa área, e a Polícia Militar do Paraná está à disposição para essa parceria e integração de esforços entre as instituições de segurança pública”, complementou o coronel Hudson.

O Primeiro Curso de Primeira Intervenção em Crises em Estabelecimentos Prisionais iniciou na segunda-feira (22/02) na sede do BOPE, no Quartel do Comando-Geral em Curitiba, onde os 16 agentes penitenciários tiveram instruções teóricas, práticas, além de exercícios durante 40 horas/aula. Eles tiveram contato com gás lacrimogêneo, com Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscara de gás, e a Companhia de Operações Especiais (COE) fez um exercício de adentramento tático com os profissionais do Depen na visão do amotinado (quem se revolta/rebela), entre outras atividades.

As oficinas na PEP II aconteceram simultaneamente, sendo a primeira uma instrução do Esquadrão Antibombas, a segunda uma intervenção em crise com a simulação de uma rebelião, aonde os presos fictícios tomaram reféns e os alunos do curso deveriam fazer a negociação e o adentramento tático para retomar o controle da situação. Após essa etapa, a equipe era direcionada até um terceiro ambiente, este preparado para ser insalubre, e precisavam fazer uma avaliação, respondendo questões discursivas, e a todo momento eram apresentadas situações de desconforto e distração, como explosões e até mesmo bolões jogados que não poderiam ficar apenas com uma pessoa e não podiam cair no chão.

Segundo o Subcomandante do BOPE e Coordenador do curso, major Sérgio Augusto Silva, o curso foi planejado para que o agente penitenciário treinasse em ambientes reais. “Durante a capacitação trabalhamos a responsabilidade, os desdobramentos das ações tomadas por cada um ao longo da crise/rebelião e um dos objetivos é que os agentes se situem nesse contexto e que, desde o início, tomem atitudes que venham a melhorar a solução dessa situação”, explicou.

Ainda de acordo com o major Sérgio, essas oficinas exercitaram a coletividade e a parte intelectual dos agentes penitenciários. “A segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos e quanto mais gente estiver trabalhando ombreados nessa mesma missão, tenho certeza que quem ganha com isso é a sociedade, pois conseguiremos resolver as crises de forma mais rápida e com uma solução aceitável”, complementou o major Sérgio.

De acordo com o Assessor de Segurança do Depen, Alisson Souza de Andrade, o interesse na capacitação veio a partir dos coordenadores regionais de todo o estado. “Esses agentes já são atuantes em situações como essa e agora, com esse aprimoramento e essa integração com a Polícia Militar, vai facilitar muito o trabalho no dia a dia. Com certeza gera mais segurança aos servidores”, disse.

Um dos alunos foi o Coordenador Regional do DEPEN em Maringá, Luciano Brito, e, segundo ele, foi muito importante receber esse treinamento que é fundamental em gerenciamento de crise. “Nessa integração da Polícia Militar e todas as subunidades envolvidas no curso é muito importante para que durante os eventos críticos possamos atuar de uma forma profissional, dentro da legalidade, pois nosso principal objetivo é preservar a segurança pública e a vida de todos envolvidos”, disse.

CONCLUSÃO – Na tarde de sexta-feira (26/02), no Quartel do Comando-Geral, os agentes penitenciários receberam o certificado das mãos do tenente-coronel Adilson Luiz Lucas Prusse, representando o Comandante-Geral, coronel Hudson, do Comandante do BOPE, major Márcio Antônio Machado Pereira, e do Subcomandante do BOPE, major Sérgio. Todos os instrutores do curso foram homenageados com uma caneca do DEPEN.

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