Marcia Santos

Jornalista responsável

Mesmo de folga, policiais militares do 13° Batalhão e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), salvaram o motorista de um carro que caiu no Rio Negro na noite de sábado (09/11) na cidade de Campo Alegre (SC), divisa entre Paraná e Santa Catarina. Os policiais conseguiram retirá-lo da água e o reanimaram ainda no local do acidente.

Seria uma noite de pesca normal para os soldados Guilherme Anthony da Silveira e Augusto César Días Tremea, ambos do 13° Batalhão, e para o sargento Kendy Shimiza da Silva no dia de folga. Eles estavam próximo à barreira da CIDASC, na ponte que faz a divisa entre os dois estados. Segundo relatos de testemunhas aos policiais, o motorista de um VW desviou de um carro que seguia pela rodovia com os faróis apagados e acabou caindo num barranco, afundando no rio.

De acordo com os policiais, assim que eles presenciaram o acidente, correram para o local para prestar ajuda. “Ao percebermos que o carro submergia na água e o condutor estava desacordado, não pensamos duas vezes: nos lançamos no rio e conseguimos retirar a vítima do carro” contou o sargento Shimiza.

Para os policiais militares a maior dificuldade foi o carro estar completamente submerso. “Um dos moradores segurava a minha perna enquanto eu verificava se não tinha mais ninguém dentro do veículo”, relatou o soldado Tremea. “Eu precisava retornar a superfície para respirar e logo em seguida mergulhar de novo para ter certeza que não tinha mais ninguém em perigo”, complementou o soldado.

Por estar inconsciente e sem respirar, o homem recebeu os primeiros socorros ainda no local. Foi uma corrida contra o tempo, pois cada minuto de inconsciência acelerava o fim de qualquer esperança de sobrevida. Foram aplicadas às técnicas de desobstrução de vias aéreas até que ele respondesse. Após cerca de cinco minutos de muito esforço, a vítima começou a expelir a água e recobrar a consciência, um alívio para a equipe policial. Uma ambulância prestou apoio e ele foi encaminhado para receber o atendimento médico adequado.

Ainda de acordo com o soldado Tremea, por ser uma região próxima da sua residência ele já havia pescado no mesmo local diversas vezes. “Nós sempre utilizamos aquela propriedade, com a autorização da dona, para pescar, mas dessa vez foi totalmente diferente de tudo o que a gente já havia passado. Tiramos o final de semana para ser tranquilos, mas foi bem corrido de uma forma positiva”, relatou.

“Foi uma situação muito arriscada, pois é algo que sai totalmente da nossa rotina e da nossa preparação, mas mesmo assim nós não pensamos e fomos ajudar quem estava precisando. Ao final, ao saber que salvamos uma vida, foi muito gratificante”, disse o soldado Anthony.

“Foi uma grande alegria poder salvar uma vida, apesar de todas as adversidades nós conseguimos ter sucesso e fica o sentimento de dever cumprido”, finalizou o sargento Shimiza.