Academia de Letras dos Militares Estaduais do Paraná é fundada com garbo e condecorações na Capital 29/08/2018 - 11:30

Por Marcia Santos
Jornalista PMPR

Oficiais e praças da ativa e da reserva remunerada, totalizando um grupo de 18 integrantes, são os primeiros a fazer parte da Academia de Letras dos Militares Estaduais do Paraná (ALMEPAR) e os acadêmicos tomaram posse das suas respectivas cadeiras durante a cerimônia de fundação da entidade na Universidade Curitiba, na noite desta terça-feira (28/08). O ato foi presidido pela Comandante-Geral da PM, coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha, e pelo Secretário Chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato.

A criação da ALMEPAR é um marco para as comemorações pelos 164 anos de existência da Polícia Militar, e justamente por se tratar de uma iniciativa para preservar a história da Corporação e buscar a expansão da produção literária sobre a segurança pública. São 18 acadêmicos que possuem envolvimento com a literatura e fazem parte de várias épocas da PM.

A coronel Audilene acredita que a ALMEPAR surge para reunir a produção de textos e obras que colaboraram para o aperfeiçoamento doutrinário da Polícia Militar. “Nosso grande objetivo é cada dia prestar um serviço melhor e não tem outra forma que não seja buscar o aprimoramento por meio da capacitação dos policiais militares com os livros, tanto os acadêmicos quanto os de teor técnico”, apontou.

Durante a solenidade foi dada a posse a presidência da ALMEPAR, à Diretoria Executiva e ao Conselho Fiscal. O coronel reformado Antônio Celso Mendes, que possui mais de 15 livros publicados, ocupa a cadeira número 34 da Academia Paranaense de Letras e se aposentou em 1984, exerce o cargo de presidente da entidade.

“A ALMEPAR vai cuidar principalmente dos aspectos históricos da corporação. A PM do Paraná tem participado de muitos acontecimentos históricos que marcaram a evolução do estado que precisam ser registrados. A Academia vai cuidar também da produção de biografias sobre personagens importantes para a Corporação, sempre de maneira espontânea e criativa”, explicou o coronel.

Cada uma das 18 cadeiras homenageia um militar estadual que teve destaque durante sua passagem pela Corporação, muitos personagens de momentos históricos como coronel Joaquim Antônio de Moraes Sarmento coronel Cândido Dulcídio Pereira, dentre outros que exerceram papéis fundamentais. Os acadêmicos receberam o diploma e a insígnia para marcar o ingresso à ALMEPAR. A Comandante-Geral, e o Diretor-Comandante da Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), coronel Mauro Celso Monteiro, receberam o diploma de acadêmico de honra.

“É mais uma satisfação para a família Alves da Rosa receber em nome do nosso querido pai essa homenagem, onde o pai se torna patrona da Academia de Letras dos militares estaduais. Mais uma vez o trabalho do pai sendo reconhecido, que se fosse vivo com certeza estaria integrando junto dos demais participantes tomando posse da Academia”, parabenizou o Presidente da Associação da Vila Militar e filho do capitão João Alves da Rosa Filho, patrono da ALMEPAR, o qual foi homenageado “post-morten” com a Medalha do Mérito da ALMEPAR.

O capitão João Carlos Toledo Junior, acadêmico da entidade e que fez parte da equipe que idealizou o projeto, explicou que ao ter contato com a Academia de Letras da PM de Santa Catarina o incentivo para que o Paraná também tivesse um órgão que centralizasse a produção literária. “Um dos objetivos da ALMEPAR é mostrar para a comunidade paranaense que nós temos a intenção de transparecer o nosso policial, bombeiro, oficial e praça. Também faremos concursos literários, questões de processos seletivos para novos acadêmicos na nossa corporação e, também de um modo geral, divulgar e elevar o nome da nossa instituição”, concluiu.

O tenente Rafael Sentone integra o grupo de acadêmicos e já produziu duas obras, uma delas focada na história da PM por meio do relato de ex-Comandantes-Gerais da Corporação. “Me sinto extremamente honrado por fazer parte da consolidação da Academia de Letras dos Militares do estado do Paraná. Atribuo isso à minha família e a diversos praças e oficiais que, ao longo dos meus 12 anos de carreira, foram me mostrando exemplos dignificantes, de construir um saber policial militar. Essa aptidão com a literatura adquiri com meus pais que são professores”, acrescentou.