Na manhã desta quarta-feira (27), a Banda de Música da Polícia Militar do Paraná (PMPR) organizou uma recepção aos seus veteranos, músicos que fizeram parte da história da Banda de Música e hoje se encontram na reserva ou reforma. A iniciativa teria surgido de um pedido da filha de um militar da reserva, a qual afirmou que seu pai está acometido do mal de Alzheimer, sendo que uma das únicas lembranças que ele recorda, com clareza, seriam do tempo em que serviu na Banda de Música.

O subtenente veterano Walter Menta ingressou nas fileiras da PMPR no ano de 1968, indo para a reserva remunerada em 1994. De acordo com militares contemporâneos do subtenente Menta, o músico deixou sua marca na Banda da PMPR pela excelência com a qual executava seu instrumento Clarinete e pelas diversas vezes em que esteve à frente da Banda, como regente.

A filha do militar veterano procurou a PMPR, relatando o atual quadro de saúde de seu pai e solicitando a realização de uma possível visita à sede da Banda da PMPR. Com o pronto atendimento do pedido, por parte do chefe da banda de Música, capitão músico Elizeu da Silva, foi organizada uma recepção, não apenas para o subtenente Menta, mas para vários outros integrantes veteranos da Banda da PMPR.

O encontro, que reuniu militares da ativa e da reserva, abriu espaço para o compartilhamento de memórias daqueles que integraram por décadas a Banda de Música e que fazem parte da sua história, estabelecendo a Banda da PMPR como um patrimônio cultural para a Polícia Militar do Paraná e para a população do estado.

Para o capitão Elizeu Silva, desta iniciativa surge a ideia de um projeto. “A nossa ideia é lançar um projeto, valorizando o veterano, nossos heróis. Nós queremos que a Banda possa ir até as residências dos militares veteranos, muitos deles acamados, pra que eles possam ouvir algumas músicas executadas pela Banda e reviver suas memórias”, comentou o capitão.

Elisane Menta, filha do subtenente Menta, descreveu a importância do momento, de maneira emocionada. “Meu pai mal sabe onde ele mora, mas ele sabe onde fica o quartel. Agradeço muito a acolhida que a banda realizou, permitindo que meu pai tenha um encontro com seu passado. Certa vez eu disse ao meu pai que, ainda que ele viesse a esquecer, eu estarei aqui pra contar a história dele”, relatou a filha do militar.

Como parte da visita, a Banda executou aos presentes o dobrado denominado “Eterna Saudade”, muito executado em formaturas militares há décadas. O encontro contou ainda com a entrega ao subtenente Menta de um conjunto de fardamento da época em que o militar estava na ativa, um café para os músicos veteranos e seus familiares e uma visita ao Museu da PMPR.

Comunicação Social da PMPR.