Por meio da Operação Zitianos, a Corregedoria-Geral da PM cumpriu nesta sexta-feira (14/08) mandados judiciais de Prisão, de Busca e Apreensão e de suspensão de função pública de policiais militares e outras pessoas, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), por tráfico de drogas. Os militares estaduais, lotados no 23º Batalhão da PM, deverão ser indiciados pelos crimes de Concussão, Corrupção Ativa, Prevaricação, Tortura, Abuso de Autoridade, entre outros delitos.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de Busca e Apreensão, quatro mandados de prisão e dois mandados de Suspensão de Função Pública a policiais militares. As equipes da COGER cumpriram ainda 13 Mandados de Prisão e 20 Mandados de Busca e Apreensão em desfavor de civis (pessoas da região) por tráfico de drogas e por estarem vinculados aos militares estaduais investigados. Os policiais militares, segundo a COGER, permanecem presos à disposição da justiça, onde não poderão interferir na investigação. Já os que tiveram as atividades suspensas permanecem nesta situação até o final das investigações.

Conforme a Corregedoria, ao todo, houve 15 prisões, sendo quatro de militares estaduais, além da apreensão de um veículo, um simulacro de arma de fogo, 70 porções de cocaína, porções de crack, maconha e comprimidos de ecstasy, uma balança de precisão, além de, aproximadamente, R$ 20 mil em dinheiro.

Segundo a Coger, um Inquérito Policial Militar foi instaurado após denúncias recebidas pela Corregedoria, dando conta que os policiais militares, de forma frequente, exigiam ou aceitavam receber vantagens indevidas para não realizarem atos de ofício durante seus turnos de serviço, não prevenindo ou reprimindo atividades relacionadas ao tráfico de drogas na região da CIC.

O trabalho de investigação durou cinco meses, e neste período foram constatadas situações em que os policiais faziam a abordagem, mas ao constatar ilegalidade, não faziam os devidos encaminhamentos previstos em lei. Segundo a Coger, foram registradas situações em que os policiais à paisana, e em horário de folga, iam aos locais de tráfico e exigiam vantagem indevida de traficantes para não efetuarem prisões e apreensões.

A Corregedoria-Geral da Polícia Militar ressalta que condutas como a dos militares estaduais indiciados nesta operação denigrem a imagem da corporação e devem ser firmemente combatidas, como forma de valorização daqueles que pautam seu trabalho pela dedicação, honestidade, moralidade e retidão de caráter, como o é a esmagadora maioria dos integrantes da Policial Militar do Paraná.