Policiais militares do Paraná participam do 5º Curso Nacional de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar 26/11/2021 - 21:20

Policiais militares do Paraná, juntamente com Guardas Municipais de Curitiba e de São José dos Pinhais, participaram do 5º Curso Nacional de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar. O curso começou na segunda-feira (22/11), terminou nesta sexta-feira (26/11), no SEBRAE, em Curitiba, e teve como objetivo qualificar e padronizar esse atendimento em todo o estado.

A Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Paraná, Desembargadora Ana Lúcia Lourenço, esteve presente no evento de encerramento e destacou a importância do trabalho conjunto entre as forças de segurança pública no trabalho de prevenção e denúncia da violência contra a mulher. “Entendemos que o trabalho em rede é o que vai colher os melhores frutos nesse enfrentamento, então é importante capacitar todos os agentes que atuam em campo”, explicou.

Para o Chefe do Estado-Maior da PMPR, coronel Adilson Luiz Lucas Prüsse, o conhecimento adquirido com o curso vai permitir que os policiais possam dar um atendimento mais adequado às mulheres em situação de risco. “Quando mais capacitado o nosso policial estiver, melhor será a qualidade do nosso serviço, ainda mais se tratando de um tema tão delicado quando a violência doméstica e familiar. Temos que ter um olhar diferente para essa ocorrência, pois elas precisam de um atendimento acolhedor”, disse.

De acordo com a capitã Carolina Pauleto Ferraz Zancan, uma das coordenadoras do curso, o objetivo é que o atendimento a essas mulheres seja padronizado e de qualidade, tanto o que for feito pela Polícia Militar quanto pela Guarda Municipal. “Na PM temos a Câmara Técnica Patrulha Maria da Penha que está estabelecendo padrões e protocolos de atendimento, de indicadores e, principalmente, estratégias de capacitação do nosso efetivo”, explicou.

A capacitação foi desenvolvida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (MJSP), por meio do Projeto de Prevenção da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o ProMulher, pela Secretaria de Gestão e Ensino do MJSP. O curso foi feito graças a articulação com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do MMFDH, com o Núcleo Judiciário da Mulher - NJM/TJDFT e com o Núcleo de Direitos Humanos (NDH) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

“Este curso traz várias temáticas básicas e essenciais para a abordagem do assunto, assim qualificando o efetivo. Ele envolve vários agentes de segurança, pois temos aqui policiais militares e guardas municipais, e acredito que vão contribuir bastante para quando retornarem às suas unidades”, complementou a capitã Carolina.

Ainda segundo a capitã Carolina, a ocorrência de violência doméstica e familiar não pode ser tratada como uma situação fácil. “São situações complexas que demandam um atendimento qualificado, então o agent de segurança precisa ter o interesse de prestar um atendimento humanizado, completo, muito acolhedor, para poder identificar o que está acontecendo e, principalmente, orientar e encaminhar a vítima para a rede de apoio”, explicou.

Desenvolvido na semana que se comemora o Dia da Não Violência Contra a Mulher, a capacitação foi feita a 60 agentes de segurança, entre policiais militares e guardas municipais, que poderão disseminar esse conhecimento em seus respectivos setores de trabalho.

A soldado Luana Dias Schuarcz já trabalha com a Patrulha Maria da Penha em Guarapuava, no Centro Sul do Estado, e por isso resolveu fazer o curso. “Fui convidada a participar da câmara técnica e fico muito feliz de poder contribuir com algo que vai impactar em toda a Polícia Militar. Mesmo trabalhando há dois anos com a Patrulha, tem muita coisa que eu não sabia e esse curso foi muito importante no nosso trabalho final”, disse.

A Guarda Municipal Helena Ferreira Neto, que atua em São José dos Pinhais, destacou a troca de experiência entre as Guardas Municipais, a Polícia Militar e outros órgãos. “É muito importante a gente compartilhar experiências e também poder nivelar o nosso atendimento, pois quem ganha com isso é a população e aquela mulher que precisará do nosso olhar mais apurado para sair daquela situação”, complementou.

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