Simpósio sobre Salto Livre Operacional na Bahia 07/02/2022 - 17:22

Com o intuito de obter mais conhecimento sobre a atividade de Salto Livre Operacional (SLOP), foram enviados, pelo Comandante-Geral, 2 policiais militares paraquedistas, sendo o Subcomandante do COE/BOPE (Comandos e Operações Especiais), 1º Tenente Lucas Eduardo Nicola e o Soldado Rafael Correa de Abreu, mestre de salto lotado no BPMOA e ex-integrante do COE, para participar de um simpósio e atividades práticas na Polícia Militar da Bahia no último mês.

Apesar de já ter existido uma equipe de salto livre, atualmente o COE conta com 2 policiais militares com esta atribuição e por isso o objetivo é reativar a equipe de salto livre para o emprego operacional.

As palestras serviram para apresentar esta ferramenta utilizada pela Polícia Militar da Bahia, com resultados de uma ocorrência real em que a técnica foi aplicada. Também foram ministradas instruções sobre como é realizada a montagem de uma equipe, qual o tipo de equipamento utilizado, o investimento do Estado e quais ações se devem tomar nessa área para que seja implementado o SLOp, como é o planejamento de uma missão de infiltração com Salto Livre Operacional em que o operador, junto a seu paraquedas, se infiltra no terreno armado com seu fuzil, pistola, colete e mochila, com capacidade de operar por dias.

O SLOp é utilizado por tropas operacionais especiais como método de infiltração em um terreno de difícil acesso ou em que a infiltração por paraquedismo seja mais interessante do ponto de vista tático por apresentar-se mais silenciosa e podendo ser realizada no período noturno. 

O adestramento de uma militar para execução do SLOP requer que inicialmente o operador seja formado em Curso de Operações Especiais e normalmente ocorre em 3 etapas: primeiro o policial militar salta livre, sem arma e sem equipamentos, para que possa ganhar proficiência, ou seja, estabilidade e habilidade de movimentos em queda livre. Segue então para uma fase de salto com a mochila e depois salta com mochila e fuzil em cima da área de pouso. A terceira parte do adestramento ocorre quando, após dominar a queda livre armado e equipado e ter boa noção de navegação (inclusive noturna), o policial realiza missões simuladas em equipe, saltando a uma grade distância do objetivo.

Estiveram presentes policiais militares oriundos de diversas regiões e forças, como por exemplo da PM do Estado de São Paulo, Maranhão, Mato Grosso, BOPE do Distrito Federal, Carabineiros do Chile (GOPE), Polícia Federal (COT), Polícia Francesa (RAID) entre vários outros.

Devido à experiência, o Soldado Abreu atuou como treinador BBF (Basic Body Flight) saltando junto com os que, até então, haviam realizado poucos saltos.

Através do conhecimento adquirido, o objetivo a partir de agora é trazer esta ferramenta para a Corporação através do BOPE, apresentando a forma legal e prática de implantação e gerando a integração com o BPMOA para melhorar a proficiência dos operadores. Estima-se que em no máximo 2 anos seja possível executar o Salto Livre Operacional em adestramentos operacionais.